sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Expedição do Prata ao Pacífico : Como surgiu a ideia



    Aquela era uma manhã chuvosa de uns dos últimos dias da primavera de 2009. Estava navegando na internet e pensando o que eu faria para comemorar a minha graduação que aconteceria dali a um ano. A ideia, obviamente, era viajar para o exterior, aproveitando a combinação da minha disposição e o momento de câmbio favorável para o real.
Sempre quis ir à Europa: Paris, Roma, Amsterdam, Bruxelas... Mas, lembram? Eu era um universitário e estagiário, nem que eu vendesse o meu corpinho de 1,83m conseguiria dinheiro suficiente para financiar um tour europeu. Sem contar o risco de se quer pisar fora do Aeroporto Charles de Gaulle devido às burocracias da imigração dos países europeus.

    Então, por que não começar a minha vida de viajante internacional pelos países da América do Sul? Além de os preços serem mais acessíveis, apenas apresentando um documento de identificação se pode acessar a qualquer um deles. E ainda, os países do Cone Sul oferecem opções de passeios tão interessantes quanto a Europa. Desde grandes e cosmopolitas cidades como Buenos Aires e Santiago do Chile, até paisagens naturais deslumbrantes como a região dos Lagos Andinos, a Patagônia Austral ou os vinhedos de Mendoza.

    A ideia já havia se instalado, agora era partir para a parte mais trabalhosa e divertida de uma viagem: pesquisar hospedagem, roteiros, câmbio, etc., etc. Para muitos, isto pode ser entediante, mas para mim, esta fase de pesquisa é na qual mais aprendemos. Acredito que quando nos propomos a visitar qualquer lugar, sobretudo outro país, mais indispensável do que detalhes técnicos sobre os lugares é compreender e assimilar um pouco da cultura e história local, até como uma forma de amortizar um pouco o impacto cultural que se tem ao desembarcar em uma nação estrangeira.

    Originalmente a ideia era fazer esta viagem no entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, fazendo o seguinte roteiro: Buenos Aires > Bariloche > Mendoza > Santiago do Chile > Valparaiso e Viña del Mar.
Bem, acontece que as coisas não saíram da forma como eu planejava e em agosto de 2010 fui apenas para Buenos Aires onde fiquei cinco noites. A viagem foi maravilhosa (o próximo post será dedicado a minha experiência portenha), aprendi muito e inclusive foi nesta viagem que adquiri experiência que servirá de base nesta minha próxima aventura.

    Então, já fica a primeira dica: Se você é iniciante e está pretendendo fazer um mochilão longo, porque não fazer um test drive começando por uma “mochilinha” mais curta para adquirir experiência e até mesmo verificar se você é realmente adepto a este tipo de viagem mais econômica?
Uma viagem ao exterior, sobretudo quando você tem um orçamento apertado, mal planejada pode te trazer muita, mas muita dor de cabeça mesmo.

    Agora com a experiência portenha na bagagem e formado (sim me graduei em dezembro de 2010) defini que nas minhas férias do trabalho iria fazer, agora sim, uma expedição que cobrisse do rio Prata ao Pacífico. Teria que começar obrigatoriamente no Uruguai (país pelo qual me apaixonei ao sobrevoar o território em 2010), passaria pelas cidades argentinas já planejadas (Bs Aires, Bariloche e Mendoza) e terminaria no Pacífico chileno. Mas, ainda queria mais, queria ver algo que nunca tinha visto na minha vida, queria ser surpreendido e por isso coloquei a Patagônia austral no roteiro, escolhendo El Calafate como uma das cidades a serem visitadas.

    E assim ficou definida a Expedição do Prata ao Pacífico: Montevideo > Punta del Este > Colonia del Sacramento > Buenos Aires > El Calafate> Bariloche > Mendoza > Santiago do Chile > Valparaiso e Viña del Mar.

    Roteiro definido, pesquisas em andamento, agora começava a parte realmente mais dolorida de uma viagem: economizar dinheiro, cortar gastos desnecessários e focar meus esforços para esta viagem. Mas isto é conversa para outra postagem.


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